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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ciência descobriu as vantagens do cigarro eletrônico


16/10/2013
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Com a grande polêmica que os cigarros eletrônicos causaram após o seu boom de consumo mundial, chegando até mesmo ao Brasil (mesmo ainda não sendo legalmente permitidos), é a primeira vez que uma pesquisa científica demonstra a segurança e eficácia do cigarro eletrônico para fumantes que desejam reduzir, mas não parar o consumo de tabaco. O estudo, que Doutíssima apresenta ao Brasil, avaliou os voluntários durante um ano inteiro. Confira.
 Um estudo mais que justificado, face ao problema do tabagismo
A pesquisa se justifica perante os problemas de saúde provocados pelo tabaco e os resultados ainda muito modestos sobre a eficiência dos métodos aceitos atualmente para parar de fumar. Além das polêmicas causadas em torno do cigarro eletrônico (também conhecido como e-cigarro) desde que ele ficou popular e ganhou a aceitação entre os fumantes que buscam uma alternativa menos nociva.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) ainda possui um aviso negativo sobre o cigarro eletrônico e ele não pode ser comercializado no Brasil. Ainda há uma enorme falta de pesquisas e estudos, como este, que possam provar a eficiência e garantir a segurança da utilização desses produtos. Aliás, muitas marcas são fabricadas na China, onde o controle de qualidade sobre esses produtos ainda é duvidoso. Assim, um estudo rigoroso sobre os cigarros eletrônicos é mais que necessário.
A pesquisa : passo-a-passo
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Durante o estudo foram examinadas 300 pessoas de 18 à 70 anos, com bom estado geral de saúde e fumantes há pelo menos 5 anos de uma quantidade mínima de 10 cigarros por dia. Nenhum método de apoio psicológico foi proposto. Os voluntários foram informados que, durante toda a pesquisa, eles poderiam fumar quantos cigarros normais ou eletrônicos eles quisessem, com o objetivo de representar a “vida real” do fumante.
Os participantes foram distribuídos por sorteio em 3 grupos de 100 pessoas e de forma totalmente cega. Nem os pesquisadores, nem os voluntários sabiam a qual grupo as pessoas estavam classificadas. Os grupos eram:
- GRUPO 1: cigarros eletrônicos com 7,2 mg de nicotina
- GRUPO 2 : cigarros eletrônicos com 7,2 mg de nicotina durante 6 semanas e depois com 5,4 mg de nicotina
- GRUPO 3: cigarros eletrônicos sem nicotina
Cada paciente recebeu uma quantidade suficiente de cigarros eletrônicos durante 12 semanas (fase de intervenção, com uma quantidade máxima de 4 maços por dia), depois teve um acompanhamento das quantidades durante 54 semanas (fase de observação). Durante este período, os voluntários preencheram um diário e receberam 9 visitas de controle para verificação de: número de cigarros fumados por dia (seja eletrônico ou normal), nível de monóxido de carbono exalado, sintomas de abstinência (ansiedade, depressão, insônia, irritação, constipação, quantidade de alimentos ingeridos) e efeitos colaterais secundários (pressão arterial, ritmo cardíaco, peso, tosse, boca seca, irritação da garganta, dificuldades respiratórias, dor de cabeça). Os cigarros eletrônicos utilizados continham propilenoglicol e glicerina vegetal aromatizada (com ou sem nicotina).
Resultados surpreenderam os pesquisadores após 1 ano de análises
Após um ano de acompanhamento, 65 (grupo 1), 63 (grupo 2) e 55 (grupo 3) dossiês foram analisados e os resultados foram parecidos nos 3 grupos de voluntários que não tinham a intenção de parar de fumar:
- 8,7% tinham parado completamente de fumar durante esse ano. Número que é bem grande e impressionou os pesquisadores.
- 10,3% dos voluntários tiveram uma redução significativa na taxa de monóxido de carbono exalado e na quantidade de cigarros consumidos por dia.
Quase nenhum efeito colateral ou sintomas de abstinência foram registrados. Os participantes tiveram uma boa aceitação e percepção global dos cigarros eletrônicos.
A conclusão da pesquisa é de que o cigarro eletrônico é um meio muito útil para os fumantes que querem diminuir sua quantidade de tabaco consumida por dia. Mais estudos ainda são necessários para as pessoas que queiram parar totalmente com o vício, mas a taxa de abstinência do estudo é encorajadora.
Mesmo que os efeitos do cigarro eletrônico a longo prazo ainda sejam desconhecidos, estudos como esse são importantes para o avanço das técnicas antitabagismo. A grande preocupação pousa sobre os jovens, caso os cigarros eletrônicos sejam liberados. Será que mesmo com resultados animadores sobre sua capacidade antifumo, os e-cigarros seriam um incentivo aos jovens tornarem-se fumantes? Em países onde o produto já foi aceito, como na França, a venda para menores de 18 anos é proibida.


Fonte: Uol - Consumidor Moderno

Mercado de cigarro eletrônico estaria ameaçado por regulação

Indústria de US$ 1,5 bilhão triplicou suas vendas neste ano com a ajuda de anúncios de TV, patrocínios para a Nascar e brindes de produtos

Kenzo Tribouillard/AFP
Pessoa fuma cigarro eletrônico
Pessoa fuma cigarro eletrônico: o cigarro eletrônico dispersa vapor de nicotina e propilenoglicol nos pulmões
Washington - A indústria americana de cigarros eletrônicos de US$ 1,5 bilhão triplicou suas vendas neste ano com a ajuda de anúncios de TV, patrocínios para a Nascar e brindes de produtos. A regulação do governo pode agora ameaçar essas táticas de marketing.
A Administração de Alimentos e Drogas dos EUA, a FDA, deverá decidir neste mês se unirá o cigarro eletrônico ao cigarro convencional em sua supervisão do mercado americano do tabaco, de US$ 90 bilhões.
Este passo definiria o cenário para maiores restrições a produção, publicidade, aroma e vendas online.
Com pelo menos 40 estados americanos buscando leis mais estritas e autoridades federais da saúde subindo o tom do alerta em relação ao uso de cigarros eletrônicos por crianças, as fabricantes dos dispositivos sem fumaça estão se preparando para a regulação da FDA.
“Nós esperávamos nos tornar um setor regulado, então é bastante possível que mudemos a forma como faremos propaganda”, disse Andries Verleur, cofundador da fabricante de cigarro eletrônico VMR Products.
Os cigarros eletrônicos esquentam a nicotina líquida em um vapor que é inalado sem o alcatrão dos cigarros normais. No momento, os marqueteiros trabalham com poucos, se é que há algum, dos limites regulatórios aplicados a empresas de cigarros como a Philip Morris USA e a Reynolds American Inc. As propagandas de empresas de cigarros na TV americana foram proibidas em 1971 e em 2010 a FDA proibiu a distribuição de amostras grátis de cigarro.
Foco em discotecas
A Victory Electronic Cigarettes Corp., gerenciada pelo mesmo executivo de marketing que ajudou a transformar a InBev NV em uma cervejaria líder, está distribuindo 1 milhão de cigarros eletrônicos a partir deste mês em eventos em 50 cidades dos EUA. Haverá uma van de viagens e tendas nas corridas da Nascar, disse o CEO Brent Willis, que já foi presidente de operações na região Ásia-Pacífico da InBev e ajudou a introduzir a marca Kraft na China.
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A Logic Technology Inc., que responde por 17 por cento das vendas do setor, planeja focar em bares e discotecas de Manhattan neste ano ou no começo de 2014.
“Você vai aonde os fumantes adultos estão”, disse Miguel Martin, presidente da Logic, com sede em Livingston, Nova Jersey, em uma entrevista.
O setor diz que os cigarros eletrônicos são uma alternativa mais saudável e limpa aos cigarros tradicionais. Muitos discordam. Pelo menos 40 procuradores-gerais do Estado nos EUA pediram, em 24 de setembro, que a FDA regulasse imediatamente a venda e a publicidade dos cigarros eletrônicos em uma carta que disse que os produtos são atraentes para os jovens e que ninguém “garante que seus ingredientes sejam seguros”.
Crianças viciadas
Isso ocorreu após um relatório de 5 de setembro no qual os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) subiram o tom do alerta a respeito de crianças tornando-se viciadas em nicotina. O CDC descobriu que a parcela de estudantes dos EUA no Ensino Médio e na universidade que usavam cigarros eletrônicos dobrou para 10 por cento em 2012, contra 4,7 por cento um ano antes.
Como comparação, a parcela de adolescentes que relatou fumar cigarros convencionais diariamente ou mais casualmente caiu para 8,3 por cento em 2010, contra 11,9 por cento em 2004, disse a Administração Federal para Serviços de Saúde Mental e Abuso de Substâncias dos EUA neste ano.
O senador Dick Durbin, de Illinois, e outros 11 democratas se basearam no relatório para pedir regulação imediata da FDA e exigir que as fabricantes de cigarros eletrônicos forneçam documentos relacionados a venda, rotulagem e comercialização de seus produtos para crianças.
“Apesar das alegações de algumas fabricantes de cigarros eletrônicos de que eles não promovem seus produtos para jovens e que as crianças não deveriam ter acesso a seus produtos, as fabricantes de cigarros eletrônicos parecem estar utilizando táticas de marketing similares àquelas usadas pela indústria de cigarros convencionais para atrair uma nova geração de jovens”, escreveram os senadores em uma carta de 26 de setembro para as fabricantes de cigarros eletrônicos.
As empresas de cigarros eletrônicos estão trabalhando com padrões de fabricação e restrições etárias enquanto dizem que os limites a respeito de anúncios não deveriam estar sendo discutidos. Verleur, da VMR, disse que sua empresa, fabricante da marca V2 Cigs, e seus concorrentes pediram reuniões à FDA para dar sua versão na discussão.
“Uma coisa que seria muito ruim é nos classificar juntamente com cigarros tradicionais e aplicar alguns dos mesmos padrões”, disse ele.