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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Uso do cigarro eletrônico dobra entre adolescentes americanos

O número de adolescentes e pré-adolescentes americanos que fumam cigarros eletrônicos dobrou em 2012 com relação ao ano anterior, uma tendência que as autoridades de saúde dos Estados Unidos denominaram esta sexta-feira (6) de profundamente preocupante.
 
Um milhão e 780 mil estudantes americanos do ensino médio e do segundo ciclo do ensino fundamental - entre os 11 e os 18 anos - fumaram o chamado cigarro eletrônico em 2012, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em um novo estudo.
 
Estima-se que 160 mil deles nunca tinham fumado um cigarro convencional, um fato considerado preocupante, porque "o impacto geral do uso do cigarro eletrônico na saúde pública é desconhecido", informou o CDC.
 
"A nicotina é uma droga altamente viciante. Muitos adolescentes que começam a usar cigarros eletrônicos podem ser condenados a lutar por toda a vida contra a dependência de nicotina e cigarros convencionais", informou o diretor do CDC, Tom Frieden.
 
Os cigarros eletrônicos são movidos a pilha e liberam doses de nicotina e outras substâncias via aerossol.
 
Cerca de 10% dos estudantes do ensino médio que disseram ter provado um "cigarro eletrônico" pelo menos uma vez em 2012, o que representou o dobro do ano anterior. E menos de 3% disseram ter fumado cigarros eletrônicos regularmente em 2012, contra 1,5% em 2011.
 
Daqueles que experimentaram ou usaram cigarros eletrônicos, mais de 7% nunca tinham fumado um cigarro convencional.
 
Entre os estudantes do ensino fundamental, a experimentação com o produto subiu de 1,4% para 2,7% no mesmo período.
 
"O uso crescente de cigarros eletrônicos por adolescentes é extremamente perturbador", disse Frieden.
 
O diretor do departamento de tabagismo e saúde da CDC, Tim McAfee, observou que "cerca de 90% de todos os fumantes começam a fumar na adolescência".
 
"Precisamos evitar que nossa juventude experimente ou use qualquer produto de tabaco. Este aumento dramático sugere que as estratégias em desenvolvimento para evitar o marketing, as vendas e o uso de cigarros eletrônicos nos jovens é crítico", acrescentou.
 
O governo americano deve anunciar em outubro os planos para regulamentar os cigarros eletrônicos. Por enquanto, as leis variam de estado para estado e um certo número deles já proibiu sua venda para menores.
 
É necessário ser maior de 18 anos para comprar cigarros convencionais nos Estados Unidos.
 
O estudo do CDC, baseado em um questionário enviado a 20 mil estudantes, é parte de um relatório anual sobre o uso do tabaco entre os jovens.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Fabrizio Rosa
Pesquisa da Nova Zelândia afirma que cigarro eletrônico pode ajudar a combater o vício do tabaco.A revista médica britânica The Lancet publicou um estudo da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, que afirma que o cigarro eletrônico seria tão eficaz quanto o adesivo de nicotina na redução do consumo de tabaco. Segundo o estudo, 57% dos fumantes que utilizaram o dispositivo diminuíram o consumo de cigarro pela metade, enquanto entre os que utilizaram o adesivo, a diminuição foi de 41%.
Em entrevista para a RFI, o médico autor do trabalho, Chris Bullen, dá mais detalhes sobre os métodos e resultados da pesquisa. A RFI também ouviu André Luiz Oliveira, da Gerência de Produtos Derivados do Tabaco da Anvisa e o médico Antonio Pedro Mirra, do Programa Nacional contra o Fumo da Associação Médica Brasileira, que alertam sobre os riscos que o cigarro eletrônico oferece.
No Brasil, a comercialização do cigarro eletrônico é proibida desde 2009. A resolução da Anvisa baseou-se na falta de evidências do dispositivo eletrônico como um auxiliar no tratamento contra o fumo.
TAGS : CIGARRO - PESQUISA - SAÚDE - TABAGISMO

Como funciona o cigarro eletrônico

Apesar de proibição, cigarro eletrônico se dissemina em São Paulo

CHICO FELITTI
ELVIS PEREIRA
REGIANE TEIXEIRA
DE SÃO PAULO
Há uma nuvem sobre São Paulo. Ela sai do cigarro eletrônico, engenhoca criada para substituir a queima de tabaco e cuja venda e importação são proibidas no país em razão das incertezas de seus efeitos na saúde. Mesmo assim, já pode ser visto sendo utilizado em restaurantes, bares e baladas da cidade.

"Fumo em todo lugar desde que trouxe de Los Angeles, há um ano", diz a empresária Cristina Nabil, 53, com um modelo da marca americana Blu em punho. "Aprendi lá que não faz mal para quem está perto, então é OK fumar num restaurante."

Em restaurante do centro, Cortegoso e seu cigarro foram vítimas de olhares surpresos, mas ninguém protestou






Não é bem assim. Há poucos estudos realizados. Em um deles, efetuado há seis meses nos Estados Unidos, mostra que o vapor emitido contém substâncias cancerígenas, ainda que em quantidades menores em relação ao cigarro comum.
Seja como for, Nabil diz ter convencido as duas melhores amigas a aderirem à novidade, com a qual nunca passou por problemas. A não ser uma vez, quando funcionários de uma loja de bolsas na rua Oscar Freire, zona oeste, pediram que apagasse a geringonça ou saísse para fumar.
"Respondi que não era apagar, e sim desligar, e que em Paris sempre compro fumando. Não adiantou. Ê, Brasil!" Saiu da loja na promessa de "nunca mais voltar".
O DJ Flavio Romão, 33, ficou quatro meses em lua de mel com o seu modelo, comprado em Nova York. "Optei por causa da saúde. E melhorou: não tive pigarro nem fiquei passando mal por fumar muito."
Retornou ao cigarro de papel faz pouco por não achar no país o líquido com nicotina necessário para a recarga de sua máquina. Romão diz que, no período, fumou em baladas em Pinheiros e no centro. "Usei tranquilo, ninguém me encheu."
Para o empresário Anderson Ribeiro, 35, o "e-fumo" foi um degrau entre o vício e a abstinência. "Comecei a usar e acabei largando o normal." Ele diz que, sem a obrigação de "matar" um cigarro inteiro a cada vez que fumava, diminuiu a quantidade aos poucos.
A coordenadora da área de cardiologia do Programa de Tratamento do Tabagismo do InCor, Jaqueline Scholz Issa, é entusiasta do uso do cigarro eletrônico como uma terapia de redução de danos.
"É um produto para o indivíduo que não consegue parar de fumar ter um cigarro menos tóxico. Mas, por conter nicotina, não é uma forma de tratar a dependência." A médica, no entanto, pondera: "Mesmo com concentrações menores, não é possível avaliar o impacto disso na saúde".
Com a capacidade de levar nicotina ao cérebro de maneira rápida, os eletrônicos funcionam como um cigarro comum. Porém, sem a combustão do tabaco e substâncias químicas, como o alcatrão.
A falta de certezas produz situações delicadas. Quando ainda fumava o eletrônico, Anderson Ribeiro foi repreendido em alguns lugares. "Tem gente que fica ofendidíssima. É como se eu estivesse violando o espaço que os não-fumantes conquistaram", diz ele.
"Agora, entro no shopping fumando Blu e ninguém pode falar nada. Parece uma caneta e [os seguranças] não sacaram", conta a artista plástica Patricia Mariani, 56. Ela ganhou o eletrônico da filha neste mês. E o objetivo, ressalta, é reduzir o consumo do cigarro tradicional.
ILEGAL
"Para consumo em ambiente fechado, [o eletrônico] tem de ser entendido como cigarro [comum]", ressalta André Luiz Oliveira, da Gerência Geral de Produtos Derivados de Tabaco da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Ou seja, o eletrônico se insere na lei federal que não permite fumar em aeronaves e veículos de transporte coletivo desde 1996. O mesmo aplica-se à lei antifumo paulista, que barrou a partir de 2009 o consumo em ambientes coletivos no Estado.
No mesmo ano, a Anvisa proibiu a venda e importação no país, por falta de comprovação científica da sua qualidade e dos possíveis efeitos na saúde. "Ninguém sabe do que se trata", diz Oliveira. "Há casos nos EUA de explosão de cigarro eletrônico."
Dois anos atrás, a Anvisa identificou que o Paraguai é um dos pontos de origem dos produtos. Aqui, não é difícil encontrá-los. Para esta reportagem, a sãopaulo comprou um, de modelo simples, em uma lojinha na 25 de março por R$ 12,50, e outro, muito mais avançado, de R$ 400, por meio de um site.
Já quem tenta comprá-lo pela internet de vendedores no exterior costuma perder o produto: as máquinas de raio-X existentes nos Correios o identificam. Registram-se em média dois flagrantes por dia. A Receita Federal retém a encomenda e a devolve ao país de origem.
A chance de punição para o consumidor, por sua vez, é remota. "Se analisarmos friamente a lei, é contrabando", diz Humberto Fabretti, professor de direito do Mackenzie. "Mas não acredito que se faça algo por conta de um cigarro. É mais ou menos a lógica aplicada ao CD pirata."
VITRINE
Nessa batalha, a novidade tecnológica tem conquistado adeptos entre os famosos. Neste ano, a modelo inglesa Kate Moss fumou um no Baretto, bar do hotel Fasano, no Jardim Paulista, zona oeste. Ronaldo e sua ex-mulher Bia Anthony também foram fotografados usando.
O colunista social Amaury Jr, 62, engrossa os adeptos. Enquanto conversa com a reportagem em sua produtora, no Jardim Europa, saca um modelo descartável da Blu.
Ainda que tenha no estojo variedades de aroma como champanhe e baunilha, opta no dia a dia pelo sabor que imita Marlboro Light (em Los Angeles, é possível utilizar até óleo de haxixe).
A descoberta do cigarro eletrônico, anos atrás, o animou. Muito. "Eu até pensei em entrar nesse mercado." Mas depois veio a descobrir que o produto estava vetado. E usou seu ofício para descobrir o porquê do interdito.
"Trouxe um cara da Anvisa para me dar entrevista [no programa de TV]. Queria saber por que está proibido. É porque tem nicotina? Chicletes [com nicotina] e 'patches' [adesivos] estão por todo lugar."
Para ele, é só questão de tempo para que a proibição caia, e brasileiros se acostumem ao "e-fumo" em lugares públicos. "Até em avião eu fumo!" Questionadas, as companhias aéreas Gol e TAM não responderam se já flagraram passageiros e que procedimento adotam nesse caso.
UMA NOITE NA CIDADE
A pedido da sãopaulo, a redatora publicitária Carla Regina Cortegoso, 27, levou seu cigarro virtual para uma noitada composta por: abertura de mostra de arte, jantar em shopping, um bar, um café, um restaurante e uma balada.
Após dar cabo de um fast-food na praça de alimentação de um shopping na Bela Vista, região central, ela tirou a geringonça da bolsa e a levou à boca.
Em três minutos, uma segurança se chegou à mesa. "Senhora, aqui não se pode fumar." Carla explicou, batendo a maquininha na mesa de pedra, que não era um cigarro de verdade. A funcionária partiu.
Um pai de família na mesa atrás dela, para onde ia o vapor, começou a chamar mais seguranças. Imitava um cigarro com uma mão e pedia atenção estalando os dedos da outra. Em vão. Depois de minutos pedindo atenção, pegou o celular e começou a filmar a cena, que chamou de "inacreditável".
"Eu ia mandar para a Polícia Federal se vocês não avisassem que era reportagem", disse ele.
Na abertura de uma exposição fotográfica, no Itaim Bibi, zona oeste, um casal comentava: "Aquela menina está fumando?". Sim, ela estava. Garçons pareceram notar a cena. A fumante ouviu cinco vezes frases como "a senhora quer vinho?", como se dissessem que repararam o uso do cigarro. Nenhuma interpelação direta, contudo, foi feita.
"Parece ser uma relação meio de mãe de drogado, que vê o que está acontecendo mas prefere não lidar com o problema", compara a publicitária.
Os frequentadores da mesa ao lado do café, perto da Paulista, pediram a conta assim que as baforadas começaram. O garçom do bar na Vila Madalena, zona oeste, ficou em dúvida se ela poderia, consultou o gerente e voltou oferecendo uma mesa na calçada. No restaurante, atraiu olhares espantados da freguesia. Já na balada da rua Augusta, passou completamente batido.
*

Fontes: Anvisa, Receita, PF, Secretaria da Saúde e Humberto Fabretti, prof. de direito do Mackenzie

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Cigarros Electrónicos podem ajudar memória dos fumadores.

Estudo científico, pesquisa demonstra que os cigarros electrónicos ajudam a melhorar a memória dos fumadoresOs Cigarros Electrónicos podem melhorar a memória dos fumadores e a diminuir o desejo de fumar. Estas são as descobertas de uma pesquisa apresentada na conferência anual da British Psychological Society.
O Dr. Lynne Dawkins da Universidade de East London no Reino Unido, conduziu uma pesquisa onde 85 fumadores regulares (homens e mulheres) lhes foi aleatoriamente atribuídos Cigarros Electrónicos contendo placebo e nicotina, ou foi-lhes dito para segurarem o Cigarro Electrónico sem o usar.
Depois de usarem, tantas vezes quanto quisessem o e-cigarro durante 5 minutos, os participantes foram submetidos a um questionário por forma a avaliar a seu desejo de fumar e o seu humor (...)
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Todos os participantes voltaram a repetir o mesmo questionário 20 minutos depois, e após terem usado o Cigarro Electrónico durante esse período. Para além disso, 60 dos participantes foram submetidos a um exercício de memória 10-15 minutos depois de usarem o Cigarro Electrónico.
Os resultados demonstram que o e-cigarro com nicotina ajudaram mais os homens do que as mulheres no que diz respeito a reduzirem o desejo de fumar e a melhorar o seu humor. Para as mulheres, os Cigarros Electrónicos que continham placebo demonstraram ser tão eficazes como os que continham nicotina. Os participantes submetidos ao teste de memória revelaram que os Cigarros Electrónicos com nicotina ajudaram tanto os homens como as mulheres a manter a sua memória ativa, quando comparados com os participantes de outros grupos.
Fonte: Science Daily

Estudo revela que o Cigarro Electrónico não prejudica a função cardíaca

Os cigaJornal Público: Estudo sobre cigarros electrónicos e coraçãorros electrónicos é uma das opções mais procuradas pelos fumadores que pretendem deixar de fumar cigarros convencionais. Segundo um  estudo grego revelado este sábado, o cigarro electrónico não têm efeitos adversos na função cardíaca.
Um médico e um dos investigadores do centro de Cirurgia Cardíaca Onassis de Atenas, revela que os cigarros electrónicos não são um hábito saudável, mas são uma alternativa mais segura do que os cigarros convencionais.
Diz ainda: “Considerando os riscos extremos que estão associados ao consumo de cigarros, os dados atualmente disponíveis sugerem que os cigarros electrónicos são muito menos nocivos e que substituir tabaco por cigarros electrónicos pode ser benéfico para a saúde”, observou ainda, no congresso anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Munique.

Nesse estudo, foi observada a função cardíaca de 20 fumadores jovens onde se verificou que aqueles que utilizavam única e exclusivamente o cigarro electrónico apenas tinham um ligeiro aumento de pressão.
De acordo com a Reuters este terá sido o primeiro estudo clínico concebido mundialmente, focado nos efeitos cardíacos do cigarro electrónico. Outro estudo grego menos aprofundado, apresentado no início do ano, concluiu que os cigarros electrónicos têm pouco impacto na função pulmunar.
Konstantinos Farsalinos mencionou porém que mais estudos serão necessários para chegar a uma conclusão sobre os efeitos do cigarro electrónico a longo prazo. Obviamente, o cigarro electrónico tem a vantagem de não ter milhares de outros produtos químicos”, como o cigarro tradicional, sublinhou, por seu lado, Russell Luepker, da Universidade norte-americana de Minnesota.
Os cigarros electrónicos foram inventados na China e desde 2003 que passaram a ser utilizados por milhões de pessoas em todo o Mundo.

Ciência descobriu as vantagens do cigarro eletrônico


16/10/2013
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Com a grande polêmica que os cigarros eletrônicos causaram após o seu boom de consumo mundial, chegando até mesmo ao Brasil (mesmo ainda não sendo legalmente permitidos), é a primeira vez que uma pesquisa científica demonstra a segurança e eficácia do cigarro eletrônico para fumantes que desejam reduzir, mas não parar o consumo de tabaco. O estudo, que Doutíssima apresenta ao Brasil, avaliou os voluntários durante um ano inteiro. Confira.
 Um estudo mais que justificado, face ao problema do tabagismo
A pesquisa se justifica perante os problemas de saúde provocados pelo tabaco e os resultados ainda muito modestos sobre a eficiência dos métodos aceitos atualmente para parar de fumar. Além das polêmicas causadas em torno do cigarro eletrônico (também conhecido como e-cigarro) desde que ele ficou popular e ganhou a aceitação entre os fumantes que buscam uma alternativa menos nociva.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) ainda possui um aviso negativo sobre o cigarro eletrônico e ele não pode ser comercializado no Brasil. Ainda há uma enorme falta de pesquisas e estudos, como este, que possam provar a eficiência e garantir a segurança da utilização desses produtos. Aliás, muitas marcas são fabricadas na China, onde o controle de qualidade sobre esses produtos ainda é duvidoso. Assim, um estudo rigoroso sobre os cigarros eletrônicos é mais que necessário.
A pesquisa : passo-a-passo
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Durante o estudo foram examinadas 300 pessoas de 18 à 70 anos, com bom estado geral de saúde e fumantes há pelo menos 5 anos de uma quantidade mínima de 10 cigarros por dia. Nenhum método de apoio psicológico foi proposto. Os voluntários foram informados que, durante toda a pesquisa, eles poderiam fumar quantos cigarros normais ou eletrônicos eles quisessem, com o objetivo de representar a “vida real” do fumante.
Os participantes foram distribuídos por sorteio em 3 grupos de 100 pessoas e de forma totalmente cega. Nem os pesquisadores, nem os voluntários sabiam a qual grupo as pessoas estavam classificadas. Os grupos eram:
- GRUPO 1: cigarros eletrônicos com 7,2 mg de nicotina
- GRUPO 2 : cigarros eletrônicos com 7,2 mg de nicotina durante 6 semanas e depois com 5,4 mg de nicotina
- GRUPO 3: cigarros eletrônicos sem nicotina
Cada paciente recebeu uma quantidade suficiente de cigarros eletrônicos durante 12 semanas (fase de intervenção, com uma quantidade máxima de 4 maços por dia), depois teve um acompanhamento das quantidades durante 54 semanas (fase de observação). Durante este período, os voluntários preencheram um diário e receberam 9 visitas de controle para verificação de: número de cigarros fumados por dia (seja eletrônico ou normal), nível de monóxido de carbono exalado, sintomas de abstinência (ansiedade, depressão, insônia, irritação, constipação, quantidade de alimentos ingeridos) e efeitos colaterais secundários (pressão arterial, ritmo cardíaco, peso, tosse, boca seca, irritação da garganta, dificuldades respiratórias, dor de cabeça). Os cigarros eletrônicos utilizados continham propilenoglicol e glicerina vegetal aromatizada (com ou sem nicotina).
Resultados surpreenderam os pesquisadores após 1 ano de análises
Após um ano de acompanhamento, 65 (grupo 1), 63 (grupo 2) e 55 (grupo 3) dossiês foram analisados e os resultados foram parecidos nos 3 grupos de voluntários que não tinham a intenção de parar de fumar:
- 8,7% tinham parado completamente de fumar durante esse ano. Número que é bem grande e impressionou os pesquisadores.
- 10,3% dos voluntários tiveram uma redução significativa na taxa de monóxido de carbono exalado e na quantidade de cigarros consumidos por dia.
Quase nenhum efeito colateral ou sintomas de abstinência foram registrados. Os participantes tiveram uma boa aceitação e percepção global dos cigarros eletrônicos.
A conclusão da pesquisa é de que o cigarro eletrônico é um meio muito útil para os fumantes que querem diminuir sua quantidade de tabaco consumida por dia. Mais estudos ainda são necessários para as pessoas que queiram parar totalmente com o vício, mas a taxa de abstinência do estudo é encorajadora.
Mesmo que os efeitos do cigarro eletrônico a longo prazo ainda sejam desconhecidos, estudos como esse são importantes para o avanço das técnicas antitabagismo. A grande preocupação pousa sobre os jovens, caso os cigarros eletrônicos sejam liberados. Será que mesmo com resultados animadores sobre sua capacidade antifumo, os e-cigarros seriam um incentivo aos jovens tornarem-se fumantes? Em países onde o produto já foi aceito, como na França, a venda para menores de 18 anos é proibida.


Fonte: Uol - Consumidor Moderno

Mercado de cigarro eletrônico estaria ameaçado por regulação

Indústria de US$ 1,5 bilhão triplicou suas vendas neste ano com a ajuda de anúncios de TV, patrocínios para a Nascar e brindes de produtos

Kenzo Tribouillard/AFP
Pessoa fuma cigarro eletrônico
Pessoa fuma cigarro eletrônico: o cigarro eletrônico dispersa vapor de nicotina e propilenoglicol nos pulmões
Washington - A indústria americana de cigarros eletrônicos de US$ 1,5 bilhão triplicou suas vendas neste ano com a ajuda de anúncios de TV, patrocínios para a Nascar e brindes de produtos. A regulação do governo pode agora ameaçar essas táticas de marketing.
A Administração de Alimentos e Drogas dos EUA, a FDA, deverá decidir neste mês se unirá o cigarro eletrônico ao cigarro convencional em sua supervisão do mercado americano do tabaco, de US$ 90 bilhões.
Este passo definiria o cenário para maiores restrições a produção, publicidade, aroma e vendas online.
Com pelo menos 40 estados americanos buscando leis mais estritas e autoridades federais da saúde subindo o tom do alerta em relação ao uso de cigarros eletrônicos por crianças, as fabricantes dos dispositivos sem fumaça estão se preparando para a regulação da FDA.
“Nós esperávamos nos tornar um setor regulado, então é bastante possível que mudemos a forma como faremos propaganda”, disse Andries Verleur, cofundador da fabricante de cigarro eletrônico VMR Products.
Os cigarros eletrônicos esquentam a nicotina líquida em um vapor que é inalado sem o alcatrão dos cigarros normais. No momento, os marqueteiros trabalham com poucos, se é que há algum, dos limites regulatórios aplicados a empresas de cigarros como a Philip Morris USA e a Reynolds American Inc. As propagandas de empresas de cigarros na TV americana foram proibidas em 1971 e em 2010 a FDA proibiu a distribuição de amostras grátis de cigarro.
Foco em discotecas
A Victory Electronic Cigarettes Corp., gerenciada pelo mesmo executivo de marketing que ajudou a transformar a InBev NV em uma cervejaria líder, está distribuindo 1 milhão de cigarros eletrônicos a partir deste mês em eventos em 50 cidades dos EUA. Haverá uma van de viagens e tendas nas corridas da Nascar, disse o CEO Brent Willis, que já foi presidente de operações na região Ásia-Pacífico da InBev e ajudou a introduzir a marca Kraft na China.
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A Logic Technology Inc., que responde por 17 por cento das vendas do setor, planeja focar em bares e discotecas de Manhattan neste ano ou no começo de 2014.
“Você vai aonde os fumantes adultos estão”, disse Miguel Martin, presidente da Logic, com sede em Livingston, Nova Jersey, em uma entrevista.
O setor diz que os cigarros eletrônicos são uma alternativa mais saudável e limpa aos cigarros tradicionais. Muitos discordam. Pelo menos 40 procuradores-gerais do Estado nos EUA pediram, em 24 de setembro, que a FDA regulasse imediatamente a venda e a publicidade dos cigarros eletrônicos em uma carta que disse que os produtos são atraentes para os jovens e que ninguém “garante que seus ingredientes sejam seguros”.
Crianças viciadas
Isso ocorreu após um relatório de 5 de setembro no qual os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) subiram o tom do alerta a respeito de crianças tornando-se viciadas em nicotina. O CDC descobriu que a parcela de estudantes dos EUA no Ensino Médio e na universidade que usavam cigarros eletrônicos dobrou para 10 por cento em 2012, contra 4,7 por cento um ano antes.
Como comparação, a parcela de adolescentes que relatou fumar cigarros convencionais diariamente ou mais casualmente caiu para 8,3 por cento em 2010, contra 11,9 por cento em 2004, disse a Administração Federal para Serviços de Saúde Mental e Abuso de Substâncias dos EUA neste ano.
O senador Dick Durbin, de Illinois, e outros 11 democratas se basearam no relatório para pedir regulação imediata da FDA e exigir que as fabricantes de cigarros eletrônicos forneçam documentos relacionados a venda, rotulagem e comercialização de seus produtos para crianças.
“Apesar das alegações de algumas fabricantes de cigarros eletrônicos de que eles não promovem seus produtos para jovens e que as crianças não deveriam ter acesso a seus produtos, as fabricantes de cigarros eletrônicos parecem estar utilizando táticas de marketing similares àquelas usadas pela indústria de cigarros convencionais para atrair uma nova geração de jovens”, escreveram os senadores em uma carta de 26 de setembro para as fabricantes de cigarros eletrônicos.
As empresas de cigarros eletrônicos estão trabalhando com padrões de fabricação e restrições etárias enquanto dizem que os limites a respeito de anúncios não deveriam estar sendo discutidos. Verleur, da VMR, disse que sua empresa, fabricante da marca V2 Cigs, e seus concorrentes pediram reuniões à FDA para dar sua versão na discussão.
“Uma coisa que seria muito ruim é nos classificar juntamente com cigarros tradicionais e aplicar alguns dos mesmos padrões”, disse ele.