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sábado, 26 de abril de 2014

Uso do cigarro eletrônico gera polêmica



 
O cigarro eletrônico foi inventado pelo farmacêutico chinês Hon Lik em 2003 e, desde então, tem levantado grandes debates em torno de seu uso. Ainda que no Brasil a comercialização seja proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não é difícil conhecer pessoas dão ou já tenham dado suas tragadas no dispositivo.
Uma pesquisa conduzida por um Centro de Cirurgia Cardíaca em Atenas, na Grécia, realizou o primeiro estudo clínico dos efeito agudos de cigarros eletrônicos na função cardíaca. Ele pode ser menos prejudicial que o cigarro normal, mas nunca inofensivo.
Os pesquisadores gregos mediram a função miocárdica em 42 voluntários com idade entre 25 e 45 anos. Vinte e dois deles eram ex-fumantes que usavam o dispositivo eletrônico. Os outros fumavam o cigarro convencional. Um completo exame ecocardiográfico foi realizado em ambos os grupos após três horas de abstinência de álcool, café e cigarro. Uma repetição do exame foi realizada em indivíduos depois de usar o cigarro eletrônico, com a concentração de nicotina de 11mg/ml, durante 7 minutos. Nos fumantes, a repetição foi feita depois que eles fumaram um cigarro.

Os pesquisadores concluíram que, embora fumar regularmente leve a uma diminuição aguda da função ventricular esquerda, a utilização do dispositivo para a inalação contendo nicotina líquida não exerce efeitos agudos adversos sobre a função cardíaca. “Mais pesquisas são urgentemente necessárias, já que o uso de cigarros eletrônicos está aumentando continuamente e poderia ser um método potencialmente útil para a cessação tabágica”, afirmam os autores.

A posição, no entanto, é vista com preocupação entre a comunidade médica. “Não existe nível seguro para o consumo de nicotina. A própria poeira do ambiente do tabagismo gera uma recirculação. Nem mesmo fumar na sacada livra os outros dos malefícios, a nicotina fica na pela, na roupa, no ar”, alerta Márcio Gonçalves, coordenador do Comitê Antitabaco da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Para o cardiologista Felipe Pittela, chefe do Departamento de Doença Coronária do Instituto Nacional de Cardiologia, o estudo mostra que o cigarro eletrônico pode não ser tão prejudicial e tóxico quanto o comum para o coração, mas as poucas evidências ainda deixam seu uso sob grande dúvida. “Definitivamente não se pode usar indiscriminadamente, como estão fazendo milhões de pessoas. Ele ainda deve ser muito estudo e talvez chegue a ser um novo método que possa ser utilizado para diminuir a carga tabágica em pacientes com tabagismo grave e crônico”, avalia. (BS)

Efeito das restrições
Outra pesquisa apresentada no Congresso mostrou que, após medidas de restrição ao fumo em locais públicos de Bremen, na Alemanha, a taxa de enfarte do miocárdio diminuiu 26% em não fumantes, mas se manteve entre os fumantes ativos. Para a população total em 2006 e 2007, antes das proibições, era registrada uma média de 65 ocorrências por mês. De 2008 a 2010, o número total caiu 16%. Entre os jovens não fumantes, a porcentagem de eventos teve uma diminuição ainda maior, de 31%. Os resultados foram apresentados pelos pesquisador Johannes Schmucker, da Alemanha.

Fonte:
 CORREIO BRASILIENSE – DF
(texto extraído e adaptado por Farm. Dr. Marcio Nogueira Garcia)

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